A atuação do farmacêutico vai muito além do que a maior parte das pessoas pensa. Mais do que a dispensação de medicamentos, o farmacêutico pode ser também ser um importante aliado no diagnóstico de doenças como o câncer, em diferentes partes do corpo. Há 17 anos, o Bioquímico e Citologista, Dr. Alysson Bastos trabalha na análise de amostras suspeitas de diferentes tipos de câncer.
Em entrevista para a Comunicação do Conselho Regional de Famárcia do Amazonas, o Professor Alysson Bastos contou que atua na investigação de cânceres de colo de útero, anal, mama e tireóide. "O diagnóstico é feito com a coleta da vagina, fundo de saco e do colo de útero. Essa coleta é uma coleta que pode ser feita por um técnico, ou uma farmacêutica, ou médico ginecologista. O farmacêutico pode analisar. Essa função do farmacêutico está inserida no SUS e é uma conquista da categoria."
A atuação do farmacêutico nessa área foi possível graças ao Decreto Lei nº 20.377, ainda na década de 1930, que regulamenta as funções e limites da profissão. Desde lá, outras legislações também reforçaram a legitimidade dessa atuação. Hoje, é um assunto pacificado, inclusive, com decisões do Supremo Tribunal Federal.
A citologia é um ramo de especialização bastante procurado por recém-formados do curso de Farmácia, mas é possível ter o reconhecimento da Sociedade Brasileira de Citologia Clínica (SBCC) por meio de uma prova de títulos. No Amazonas, apenas três profissionais passaram por essa banca e têm o título de Citologistas, um deles é o Dr. Alysson. "O título chancela a capacidade desse profissional de atuar", disse.
Recentemente, Dr. Alysson foi convidado a compor um podcast juntamente com a ginecologista Dra. Aline Frota Gobira para disseminar informações que ajudam no combate do câncer de colo de útero. Neste episódio do podcast Papo de Médico apresentado pelo Dr. Leonardo Gobira, o Citologista aprofundou o assunto, levantou questões importantes sobre a vacinação de HPV, além de explicar um pouco como funciona a análise feita nos laboratórios e mostrar a importância e a capacidade do farmacêutico nessa especialidade.
"O Brasil está bem na frante, com essa chancela que ele dá para outros profissionais fazerem [essa análise]. Inclusive, essa minha especialidade, na academia, quando eu entrei na faculdade, já tinha na grade curricular: Citologia I, Citologia II e do trato genital feminino. Quer dizer, uma coisa que está na grade curricular e depois foi pra especialização. (...) Então, você vê várias vezes a citologia, não tem como não se encantar."
O episódio completo está disponível neste link ()
