A presidente do Conselho Regional de Farmácia do Amazonas, Dra. Luana Santana, falou esta manhã na tribuna da Assembleia Legislativa do Amazonas sobre a revisão do Plano de Cargos, Carreiras e Salários da categoria no serviço público de saúde do Estado. Ela foi ao plenário acompanhada da tesoureira do CRF-AM, Lituânia Almeida.
O objetivo foi sensibilizar os parlamentares para ajudarem a viabilizar a contratação de mais farmacêuticos em um possível novo concurso público pela Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas.
A cessão de tempo foi uma proposta do Deputado Estadual Wilker Barreto que recebeu, na semana passada, um estudo técnico apontando o déficit de farmacêuticos nas unidades hospitalares na capital e no interior, além de fundações.
O levantamento foi baseado nos Padrões Mínimos para Farmácia Hospitalar e Serviços de Saúde da Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar e na Lei Federal N° 13.021/2014. Os cálculos apontam a necessidade de contratação de 725 profissionais tanto na capital, quanto no interior e fundações como a FHEMOAM E FCECON, por exemplo.
O estudo foi realizado pelos grupos técnicos de Saúde Pública e Farmácia Hospitalar do CRF-AM e também foi apresentado na tribuna na manhã desta terça-feira no grande expediênte da ALEAM.
Para se ter uma ideia, apenas em CAICs, CAIMIs, Policlílicas e CEAFs, é recomendada a presença de pelo menos um profissional farmacêutico para cada quatrocentos pacientes ativos cadastrados, o que não é uma realidade atualmente.
O último concurso público do Estado foi realizado em 2014 e, considerando que o Plano de Cargos, Carreiras e Salários de 2009 não foi atualizado, não há previsao de vagas para farmacêuticos em um eventual novo certame, já que todas foram preenchidas.
Levando em conta esse cenário, a presidente do CRF-AM, Dra. Luana Santana, tentou sensibilizar deputados estaduais para entrarem nessa luta junto à categoria em busca de uma assistência farmacêutica de excelêcia no Estado.
"Na falta desse profissional, muitos danos podem ocorrer aos pacientes: desde erros de dosagem e concentração de medicamentos; administração em horários inadequados; interações medicamentosas com alimentos, entre outros; erros de vias de administração; erros na interpretação também do nome de um medicamento e medicamentos dispensados, até mesmo, com desvio de qualidade. Então, a importância de a gente ter esse profissional de saúde não se deve somente ao que está na lei, a lei fedral que exige que tenha o profissional, mas, é para que ele possa compor a equipe de saúde e garantir a segurança desse paciente." disse.