O Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos, nesta quarta-feira, 5/5, tem o objetivo de orientar e sensibilizar a população sobre o perigo que o uso indiscriminado de medicamentos representa para a saúde. Dados do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox) indicam que no Brasil, em 2017, foram registrados 2.022 casos de intoxicação, dos quais 427 causados por medicamentos, número que fica logo atrás dos 466 casos de intoxicações causadas por animais peçonhentos.
Apesar de ter sido realizada em 2017, a pesquisa mostra a necessidade de sensibilizar a população sobre os riscos envolvidos quando as pessoas se automedicam. “O farmacêutico é o profissional habilitado para orientar o pacientes sobre a forma correta de consumir o medicamento, para que o paciente obtenha sucesso no tratamento. A utilização por conta própria pode resultar em consequências graves”, alertou o presidente do Conselho Regional de Farmácia do Amazonas (CRF-AM), Jardel Inácio.
Algumas reações podem ser desencadeadas quando o medicamento interage com determinados alimentos, bebidas alcóolicas e até substâncias presentes em outras fórmulas medicamentosas. Há casos de superdosagem, quando a pessoa toma quantidades acima do recomendado, um problema recorrente causado pela automedicação.
“Em todos esses casos a orientação de um farmacêutico que vai esclarecer os cuidados necessários, a via de administração, se é para uso interno ou dermatológico, nasal, ocular e assim por diante”, observa a vice-presidente do CRF-AM, Luana Santana.
Quando o medicamento tem tarjas (vermelha ou preta), o uso inadequado pode causar dependência química e física (síndrome de abstinência), além de também desencadear outras doenças. Há chance de desenvolver reações de hipersensibilidade principalmente alergias.
“Geralmente a pessoa pode desencadear desde um prurido ou uma coceira, uma vermelhidão, um aspecto de alto relevo da pele, um empolamento no rosto, no corpo, lábios, dos olhos, nariz. Quando essa reação alérgica é em maior intensidade pode, inclusive, desencadear um efeito mais forte como um fechamento de glote e, em casos extremos, a morte”, orienta a farmacêutica.