Neste sábado, 11, é comemorado o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência e a farmacêutica química e Doutora em medicina tropical Gisely Cardoso de Melo gravou um vídeo pra as redes sociais do Conselho Regional de Farmácia do Amazonas incentivando a participação feminina em pesquisas científicas.
A Doutora Gisely é membro do GT sobre Doenças Tropicais e Negligenciadas do Conselho Federal de Farmácia (CFF) e também é uma das sete ganhadoras do prêmio Para Mulheres na Ciência, da L’Oréal Brasil. O prêmio, anunciado ano passado, está em sua 17ª edição, e a premiação ocorre em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e a Academia Brasileira de Ciências (ABC).
A farmacêutica, assim como as colegas ganhadoras do prêmio, recebeu uma bolsa-auxílio de R$ 50 mil. O dinheiro deve ser destinado às pesquisas. A farmacêutica que atua no Amazonas destinará a bolsa ao seu projeto que investiga duas hipóteses para a recorrência da malária causada pelo Plasmodium vivax na Região Amazônica.
Além do reconhecimento, Dra. Gisely reforça que o amor pela ciência tem uma série de outras vantagens. “A pesquisa é dinâmica. Na pesquisa você tá sempre se reciclando. Você tem a oportunidade de ensinar o que você aprendeu pra os alunos, você tem a oportunidade de ter contato com os alunos; você tem a oportunidade de cada dia dia que você trabalha ser um dia diferente.”
A professora e pesquisadora acredita que as novas formandas de Farmácia precisam considerar, entre as diversas áreas de atuação da profissão, a iniciação científica. Dra. Gisely conta que começou a fazer projetos ainda como estagiária, na Universidade Estadual de Maringá. O local, segundo ela, oferecia muitas possibilidades para quem quisesse ingressar no mundo da pesquisa, o que a permitiu conhecer e se apaixonar pelo ofício na academia.
Para a farmacêutica, ser mulher na pesquisa pode ser desafiador, mas compensa. “O papel da mulher (na pesquisa) é importante, porque a mulher tem alguns aspectos de perfeccionismo, de detalhismo, de trabalhar com amor. Por isso, eu acho importante a inserção da mulher na ciência.”, disse.